Nem Sempre é a Minha Vez: ensinando paciência e habilidades sociais na infância

Nem Sempre é a Minha Vez

Aprender a esperar, lidar com a frustração e reconhecer o valor das vitórias alheias são marcos importantes no desenvolvimento emocional das crianças. A história social Nem Sempre é a Minha Vez foi criada justamente para apoiar esse processo, oferecendo uma abordagem lúdica, acessível e baseada em evidências para promover habilidades essenciais como paciência, empatia e regulação emocional.

Desde cedo, crianças se deparam com situações em que precisam esperar: uma brincadeira em grupo, a vez no escorregador, o uso de um brinquedo ou até mesmo o momento de responder uma pergunta em sala. Para muitas delas, especialmente aquelas com perfis neurodivergentes, entender que nem sempre é a minha vez pode ser um desafio real. A impulsividade, a rigidez cognitiva e a baixa tolerância à frustração tornam a espera uma experiência emocionalmente intensa.

No entanto, com suporte adequado, essas experiências podem se transformar em oportunidades de crescimento. A história social Nem Sempre é a Minha Vez ensina que perder também faz parte da brincadeira, que a vez do outro é tão importante quanto a nossa, e que saber esperar fortalece vínculos, amplia a empatia e ajuda a criança a se sentir mais segura em grupos.

Neste artigo, vamos explorar a importância de trabalhar a paciência e a espera com as crianças, como a história social Nem Sempre é a Minha Vez contribui para o desenvolvimento socioemocional e quais estratégias podem ser incorporadas na rotina para apoiar esse processo.

Por que ensinar que nem sempre é a minha vez ?

A infância é marcada por um intenso processo de socialização. Brincar em grupo, dividir materiais, jogar com regras, fazer parte de uma fila – todas essas situações exigem da criança habilidades como autocontrole, compreensão do outro e tolerância à espera. Ensinar que nem sempre é a minha vez é parte essencial da construção da convivência.

Essa habilidade está diretamente ligada ao desenvolvimento da função executiva, um conjunto de capacidades cognitivas responsáveis por planejar, inibir impulsos e adaptar comportamentos conforme o ambiente. Crianças que compreendem que nem sempre é a minha vez conseguem interagir com mais fluidez, respeitar turnos e manter relações mais positivas com colegas e adultos.

Para crianças neurodivergentes, como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou TDAH, essa habilidade pode ser ainda mais desafiadora. A dificuldade em lidar com mudanças de rotina, a preferência por previsibilidade e a impulsividade interferem na percepção do tempo e do outro. Por isso, é necessário trabalhar de forma estruturada, visual e positiva a ideia de que nem sempre é a minha vez .

Como a história social Nem Sempre é a Minha Vez ajuda no desenvolvimento socioemocional

A história social Nem Sempre é a Minha Vez foi desenvolvida para facilitar o entendimento de conceitos abstratos como paciência, frustração e empatia. Por meio de uma narrativa simples e situações do cotidiano infantil, a história apresenta um personagem que vive situações comuns: não ser o primeiro da fila, perder em um jogo, ver um colega ganhar ou precisar esperar para falar.

Ao repetir a ideia de que nem sempre é a minha vez , a história cria um repertório verbal que pode ser utilizado pela criança em momentos de desafio. A repetição da frase funciona como um estímulo verbal de autorregulação, ajudando a criança a lembrar que a espera é passageira e que a vez dela vai chegar.

Além disso, a história apresenta estratégias práticas para lidar com esses momentos, como:

  • Respirar fundo enquanto espera.
  • Observar a vez do amigo e torcer por ele.
  • Contar até três para controlar a vontade de gritar ou chorar.
  • Lembrar que perder faz parte da brincadeira.
  • Sentir orgulho ao conseguir esperar com calma.

Essas estratégias tornam o conteúdo funcional e aplicável, permitindo que a criança generalize o aprendizado para outras situações do dia a dia. O uso do reforço positivo ao final da história mostra que esperar com calma traz reconhecimento, carinho e confiança – elementos que fortalecem a autoestima.

A paciência como habilidade treinável

A paciência não é inata. Ela é construída a partir de experiências seguras e mediadas por adultos. Ensinar que nem sempre é a minha vez é uma forma de estimular o autocontrole e preparar a criança para interações sociais mais equilibradas.

O treinamento da paciência pode começar com pequenos intervalos de espera, como aguardar o suco ficar pronto ou esperar a vez de falar em roda de conversa. Gradualmente, o tempo e a complexidade da situação podem ser aumentados. O importante é que a criança perceba que a espera tem um fim e que ela é capaz de enfrentá-la.

Quando associamos a paciência a algo positivo, como elogios, reconhecimento ou sucesso social, tornamos essa habilidade mais atrativa. A história social Nem Sempre é a Minha Vez utiliza esse princípio ao reforçar que cada momento de espera bem-sucedido é uma conquista que merece ser comemorada.

Lidar com a frustração também se aprende

Outro ponto central da história Nem Sempre é a Minha Vez é a frustração. Sentir tristeza, raiva ou decepção ao perder ou não ser escolhido é absolutamente natural. O problema não é o sentimento, mas sim o que a criança faz com ele.

Trabalhar a ideia de que nem sempre é a minha vez ajuda a criança a nomear e normalizar a frustração. Ela aprende que é possível sentir tristeza sem gritar, que dá para ficar bravo sem bater, e que respirar fundo pode ajudar a se acalmar.

Esse tipo de abordagem favorece o desenvolvimento da inteligência emocional. Segundo Goleman (2006), a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as emoções é um dos pilares para o sucesso nas relações sociais e no aprendizado escolar.

Quando a criança entende que pode perder hoje e ganhar amanhã, que o amigo também merece uma vez, e que todos estão aprendendo juntos, ela se torna mais resiliente e empática. O aprendizado de que nem sempre é a minha vez deixa de ser uma punição e se transforma em um valor de convivência.

Ser um bom amigo também envolve saber esperar

Um dos principais benefícios de aprender que nem sempre é a minha vez é o fortalecimento das relações de amizade. Crianças que compreendem a importância do outro, que sabem torcer, ceder e compartilhar, constroem vínculos mais saudáveis e duradouros.

A história social Nem Sempre é a Minha Vez reforça essa ideia ao mostrar que ser um bom amigo também significa comemorar a vitória dos colegas, não desanimar quando perde e continuar brincando com alegria.

Essas atitudes fortalecem a autoestima social e promovem o senso de pertencimento. A criança se sente aceita, valorizada e capaz de contribuir com o grupo. Aprender que nem sempre é a minha vez ajuda a criança a sair do centro da própria experiência e considerar o ponto de vista do outro – uma das bases da empatia.

Como utilizar a história Nem Sempre é a Minha Vez no dia a dia

A aplicação da história pode ser feita em diferentes contextos: em casa, na escola ou em ambientes terapêuticos. O ideal é que a leitura seja feita de forma repetida, interativa e associada a situações reais que a criança vivencia.

Algumas sugestões incluem:

  • Ler a história antes de um jogo de grupo ou atividade em que haverá espera.
  • Relembrar a frase nem sempre é a minha vez durante uma fila ou transição.
  • Criar um cartaz com imagens da história para expor em locais de brincadeira.
  • Estimular a criança a repetir frases da história como forma de autorregulação.
  • Utilizar reforços positivos sempre que a criança demonstrar paciência ou autocontrole.

O envolvimento do adulto é fundamental para que a criança se sinta segura para errar, tentar de novo e aprender com cada situação. O tom deve ser acolhedor e encorajador, validando os sentimentos e oferecendo alternativas práticas para lidar com eles.

Conclusão

A infância é o terreno fértil onde semeamos as habilidades que florescerão ao longo da vida. Ensinar que nem sempre é a minha vez é ensinar sobre respeito, empatia, paciência e cooperação.

A história social Nem Sempre é a Minha Vez transforma desafios cotidianos em oportunidades de aprendizado afetivo e funcional. Com linguagem clara, imagens acessíveis e estratégias simples, ela promove o desenvolvimento emocional de forma respeitosa e sensível.

Quando uma criança compreende que perder não significa fracassar, que esperar não é castigo e que o outro também importa, ela dá um passo importante rumo à maturidade emocional. Saber que nem sempre é a minha vez é, na verdade, descobrir que sempre é a vez de aprender .

Autora:
Letícia Bringel – Psicóloga, especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Neurodiversidade. CEO do Grupo Estímulos, atua na formação de terapeutas, desenvolvimento de materiais acessíveis e promoção da inclusão de crianças neurodivergentes.

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