AUTISMO NO BRASIL: UM PANORAMA INÉDITO

Pela primeira vez, o IBGE incluiu perguntas específicas sobre o diagnóstico de autismo no Censo. Os resultados revelaram que 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com TEA, representando 1,2% da população total .
Diferenças por gênero e faixa etária
A prevalência do TEA é maior entre homens (1,5%) do que entre mulheres (0,9%). Notavelmente, entre crianças de 5 a 9 anos, 3,8% dos meninos e 1,3% das meninas foram diagnosticados com o transtorno. Essa diferença pode ser atribuída ao avanço e à popularização dos diagnósticos nos últimos anos.
Educação e escolarização
O Censo também investigou a presença de alunos com TEA nas escolas. Os dados indicam que 508 mil crianças e adolescentes com autismo estão matriculados no ensino fundamental, representando 66,8% dos estudantes diagnosticados com TEA. No ensino médio, são 93,6 mil adolescentes, correspondendo a 1,2% do total de alunos .
Além disso, a taxa de escolarização entre pessoas com TEA é de 36,9%, superior à da população sem o diagnóstico, que é de 24,3%. Essa diferença reflete a maior concentração de pessoas com TEA em idades escolares, especialmente entre 6 e 14 anos .
Pessoas com deficiência: um retrato atualizado
O Censo de 2022 também atualizou os dados sobre pessoas com deficiência no Brasil. Segundo o levantamento, 14,4 milhões de brasileiros, ou 7,3% da população, têm alguma dificuldade permanente de enxergar, ouvir, se locomover, de coordenação motora ou de funções mentais .
Contextualizando com dados populacionais
Para contextualizar esses números, é importante considerar a população total do Brasil. Em 1º de julho de 2024, o país tinha uma população estimada em 212,6 milhões de habitantes . Com base nisso, os 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA representam aproximadamente 1,2% da população, enquanto os 14,4 milhões de pessoas com deficiência correspondem a cerca de 6,8%.
Conclusão
Os dados inéditos do Censo de 2022 fornecem uma visão mais clara sobre as populações com TEA e com deficiência no Brasil. Essas informações são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas inclusivas e para a promoção de uma sociedade mais equitativa.
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