Ana Pércy Passos Mesquita da Silva, acabou de publicar
Como agir quando a criança esta realizando um comportamento interferente? Muitas das vezes nossa intuito o logo repremir , brigar, gritar , porem na maioria das vezes não funciona( nunca) , e faz com que esses comportamentos se intensifiquem. Ai acontece o famoso reforçamento de comportamento ou condutas.
Segue algumas dicas de como agir nesses momentos:
Diante de um comportamento interferente (como agressividade, gritos, fugir de atividades, bater, jogar objetos) de uma criança autista, o mais importante é não reforçar esse comportamento de forma acidental. Aqui está um passo a passo com orientações práticas baseadas em estratégias da Análise do Comportamento Aplicada (ABA)✅ COMO AGIR PARA NÃO REFORÇAR O COMPORTAMENTO:
1. Mantenha a calma e a neutralidade
Não reaja com raiva, susto ou muita atenção.
Crianças podem aprender que certos comportamentos geram reações fortes (atenção, gritos), o que pode manter o comportamento.
2. Evite reforço imediato
Não ceda a pedidos feitos por meio de birra ou crises.
> Ex: Se a criança grita para sair de uma tarefa e você deixa ela sair, isso reforça o grito como forma de escape.
Em vez disso, só permita que ela saia quando se acalmar ou quando cumprir o combinado.
3. Identifique a função do comportamento
Cada comportamento tem uma função. Pode ser:
Fuga (para evitar uma atividade)
Atenção (para receber atenção do adulto)
Acesso a algo (um brinquedo, comida)
Autoestimulação sensorial
> Saber a função ajuda a criar estratégias mais eficazes.
4. Use o redirecionamento
Com suavidade, redirecione a criança para outra atividade ou uma forma mais adequada de se comunicar (por exemplo, usar PECS, apontar ou falar).
Evite confrontos longos.
5. Reforce o comportamento positivo
Quando a criança se comunica de forma adequada, espera, ou se acalma, elogie ou recompense imediatamente.
> “Muito bem pedindo com o cartão!”, “Você esperou, parabéns!”
6. Antecipe e prepare o ambiente
Use rotinas visuais, aviso prévio de transições (“Faltam 2 minutos para guardar os brinquedos”), e suporte visual ou tátil.
Reduz chances de frustração.
7. Ignore planejadamente (quando seguro)
Em alguns casos, ignorar o comportamento (extinção) pode ajudar — desde que não coloque a criança ou os outros em risco.
⚠️ IMPORTANTE:
Se o comportamento for perigoso (agressões, autoagressão), a prioridade é garantir a segurança da criança e dos outros — mas mesmo assim evite reforçar com recompensas acidentais.
Trabalhar com equipe interdisciplinar (fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional) pode ajudar a identificar e atuar sobre a origem do comportamento.