NOVO ESTUDO REVELA: 1 EM CADA 36 CRIANÇAS DE 8 ANOS NOS EUA É DIAGNOSTICADA COM AUTISMO

Um novo relatório divulgado pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) revelou dados importantes sobre a prevalência e as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças de 8 anos nos Estados Unidos, com base em informações de 11 estados em 2020. O levantamento, conduzido pela Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network (ADDM), indica que 1 em cada 36 crianças foi diagnosticada com TEA — um número que reflete um aumento contínuo nas taxas de identificação ao longo dos anos.

Principais descobertas

Prevalência geral: 27,6 crianças com TEA a cada 1.000, variando entre 23,1 (em Maryland) e 44,9 (na Califórnia).

Diferença entre gêneros: Os meninos continuam a ser diagnosticados mais frequentemente do que as meninas, com uma razão de aproximadamente 3,8 meninos para cada menina.

Mudanças demográficas: Pela primeira vez, a prevalência foi mais alta entre crianças negras, hispânicas e asiáticas/pacific islanders do que entre crianças brancas, um cenário diferente do observado em anos anteriores.

Relação com nível socioeconômico: Em algumas regiões, a prevalência foi maior entre crianças de famílias com renda mais baixa.

Diagnóstico e idade de identificação

O estudo também observou que:

A idade mediana para o primeiro diagnóstico formal de TEA foi de 49 meses (cerca de 4 anos), variando de 3 a 5 anos conforme a região.

Crianças com TEA associadas a deficiência intelectual (QI ≤70) tendem a ser diagnosticadas mais cedo.

37,9% das crianças com TEA tinham também deficiência intelectual.

O que esses dados significam?

Esses resultados mostram uma tendência importante: estamos conseguindo identificar o TEA em mais crianças e em grupos historicamente subdiagnosticados, como crianças negras e hispânicas. Também refletem o impacto positivo de políticas públicas e campanhas de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce.

Contudo, o estudo alerta que persistem desafios. Embora o número de diagnósticos esteja crescendo, ainda há disparidades no acesso a serviços de intervenção precoce, principalmente entre crianças de baixa renda.

O futuro do acompanhamento do TEA

O ADDM Network continuará monitorando o TEA em anos futuros, especialmente para avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 na identificação e no acesso a serviços. O objetivo é garantir que todas as crianças, independentemente de raça, etnia ou situação socioeconômica, tenham acesso igualitário a diagnóstico e tratamento.

Conclusão:

O estudo reforça que o autismo é mais comum do que muitos imaginam — e que o diagnóstico precoce é fundamental para garantir que as crianças recebam o suporte necessário para se desenvolverem plenamente.

Referência:

Maenner, M. J., Warren, Z., Williams, A. R., Amoakohene, E., Bakian, A. V., Bilder, D. A., et al. (2023). Prevalence and Characteristics of Autism Spectrum Disorder Among Children Aged 8 Years — Autism and Developmental Disabilities Monitoring Network, 11 Sites, United States, 2020. MMWR Surveillance Summaries, 72(2), 1–16. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). DOI: https://doi.org/10.15585/mmwr.ss7202

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